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“Pensamento social no Brasil” marca parceria entre EdUERJ e Gramma

A Editora da UERJ e a Gramma Editora lançam no dia 14 de novembro, “Pensamento Social no Brasil: estilos, idiomas”, de Luiz Antonio de Castro Santos. O lançamento ocorre às 18h30, na Livraria Martins Fontes Paulista, em Bela Vista, São Paulo. A obra é o primeiro fruto da parceria entre as editoras e conta com a especialíssima apresentação escrita por Antonio Candido.

O livro traz um estudo sobre nomes cuja produção intelectual pautou-se pela perspectiva de uma reflexão original sobre o Brasil, na tradição brasileira de pensamento social.  A relação de autores abordados vai de Sérgio Buarque de Holanda a Antonio Candido, sem esquecer positivistas progressistas como Pereira Barreto ou entusiastas das reformas na educação e saúde, como Azevedo Sodré, Arthur Neiva e Belisário Pena. Não obstante tratar-se de pensadores de escolas diversas, aproximam-se pelo intento de discutir projetos e caminhos para o país.

Destaca-se também o material inédito em relação às edições anteriores. Quatro capítulos abordam Gilberto Freyre. O livro se aprofunda sobre o intelectual que estudou o Brasil senhorial e escravocrata, que se debruçou sobre colonizadores e colonizados nos trópicos, sobre o sistema de produção da monocultura e do latifúndio, sobre a estrutura de dominação patriarcal. Sobretudo, que deixou livros como Casa-grande & senzala e Sobrados e mocambos .

O enfoque em intelectuais de uma escola do pensamento social brasileiro evidencia a preocupação de Luiz Antonio de Castro Santos com a tendência atual de isolar as questões nacionais em microobjetos (como o gênero, a raça, a AIDS). Para o autor, esta inclinação, importada do pensamento norte-americano, negligencia o diálogo entre as áreas ou uma contextualização mais profunda.

O mérito de “O pensamento social no Brasil” é oferecer uma análise sobre autores que não importaram modelos preestabelecidos ou se pautaram pela agenda das metrópoles internacionais. Mais do que nunca é necessário entender aqueles que procuram compreender o pais a partir de um diálogo com o cotidiano, sem refutar as suas incongruências.