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“O fictício e o imaginário”: de volta às prateleiras

Um dos títulos mais valorizados do nosso catálogo está de volta às prateleiras. A EdUERJ está lançando uma nova tiragem de  O Fictício e o Imaginário – Perspectivas de uma antropologia literária, de Wolfgang Iser, com tradução de Johannes Kretschmer. A tiragem anterior datava de 2013 e estava esgotada.

Professor de literatura comparada na Universidade de Constance, na Alemanha, e falecido em 2007, Iser é considerado o mais significativo representante da Teoria da Recepção. Nos anos 90, a pesquisa de Iser adentrou outras áreas, indo além da  vertente que o celebrizou inclusive no Brasil. Sua investigação a partir de então  buscou enfatizar a faceta antropológica da ficção. O Fictício e o imaginário, de 1991, representa esta fase, em que o autor continua seus estudos sobre o ato de leitura, mas agora desbravando novas trilhas.

Para Iser, ficcionalizar é ato inerente ao ser humano, o que soa bem lógico na medida em que  todos nós somos dotados de imaginação. “O  fictício e o imaginário existem na vida real, não se restringem à literatura”, argumenta já na introdução. Para o autor, o que caracteriza a literatura é justamente esta articulação organizada entre o fictício e o imaginário. Um texto, ao ser lido, é reconstruído pelos recursos mentais do leitor, e deste fato decorre que pode gerar “filmes diferentes”, que variam de acordo com os signos utilizados pela imaginação de cada um. Explicação minha: “uma bola”  suscitará diferentes imagens em cada um de nós, de acordo com a variedade de nossa imaginação. E esta é influenciada por questões múltiplas, como o contexto social, a experiência individual, etc

Escritor e professor da UFRJ, Dau Bastos escreveu no prefácio:

“Iser recorre à filosofia, à sociologia, à psicanálise e a outras humanidades para realçar a atividade de ficcionalizar como disposição antropológica e, no mesmo movimento, aponta com toda a nitidez a importância e a necessidade da ficção literária”

A primeira edição data de 1996, quando o próprio autor esteve no Rio para participar do VI Colóquio de Letras da Pós-graduação da Uerj. Desde então, os exemplares nunca deixaram de ser procurados por estudantes de letras e docentes. Agora serão encontrados.